O mal que ser escravo da opinião alheia faz é um tema recorrente, porém, é sempre bom lembrar sobre. Vivemos numa era de ostentação e de exposição virtual. Somos vitrines, nossa vida é, muitas vezes, exposta, ou seja, até mesmo desconhecidos conseguem, vez ou outra, xeretar nossa vida. E isso tudo nos torna ainda mais vulneráveis aos julgamentos do povo.

A reprovação sobre a vida do outro alcança muitas esferas, bem como a rejeição. É a tal da cultura do cancelamento que permeia a mídia como um todo. Famosos acabam sendo pegos em deslizes ou em falas infelizes e são detonados nas redes sociais. E esse cancelamento, guardadas as devidas proporções, ocorre também nos círculos sociais. Basta relembrar, nas últimas eleições, quantas farpas foram trocadas pelos eleitores que discordavam entre si.

A gente precisa se libertar urgentemente desse medo do que os outros vão pensar. É lógico que não poderemos sair por aí falando o que quisermos, agindo sem pensar em ninguém mais. Algumas atitudes alcançam as pessoas e certas palavras ferem demais quem as ouve. Porém, se não estivermos ultrapassando o terreno de ninguém, apenas sendo felizes segundo aquilo em que acreditamos, ninguém tem nada a ver com isso.

Que medo é esse do julgamento de quem reprova seu posicionamento, mas nunca te ajudou em nada? Qual a importância da pessoa que julga suas atitudes, mas nunca te perguntou se precisava de ajuda? Por que se incomodar com o olhar reprovador de uma pessoa que nem gosta de você? Pare de se medir com a régua do outro, sua régua é o que o seu coração sente, simples assim.

Nossa saúde mental em muito depende desse exercício constante de se desprender dos olhos dos outros. Quem nos entende e nos ama deve ser levado em consideração, esses sim. Livre-se dessas amarras. É tão libertador não estar nem aí. Aliás, eu tento não estar nem aí, nem aqui, nem acolá. Quero estar onde me sinto bem. E bem longe de gente chata.

Imagem: KAL VISUALS