Tempos difíceis esses que vivemos. Está tudo muito complicado, meio sem sentido, tudo corrido, passando rápido. Mal temos tempo de parar e olhar para nós mesmos, para o que temos conosco, para sermos gratos por quem caminha junto. Mal temos tempo de refletir sobre o tipo de sentimentos que estamos doando e recebendo. Mas isso importa muito.
Tem que ser um exercício diário a análise da própria vida, balanceando prós e contras, o que está ou não dando certo, o tanto de felicidade que nos rodeia, bem como os vazios que insistimos em carregar inutilmente. É extremamente importante a conscientização de que sentimento estacionado acaba emperrando tudo lá fora. Ninguém consegue leveza, quando o emocional se enche de pendências e arestas.
E, muitas vezes, esse carregamento emocional nocivo vem de um processo cumulativo, do tanto que negligenciamos a nós mesmos, do tanto que deixamos de ouvir o que clama dentro de nós. Nosso corpo e nossa mente enviam sinais o tempo todo, para que possamos nos ajustar e perceber quando é hora de parar, de descansar, de sair de algo que machuca. É preciso olhar, ouvir, falar. É necessário atentar para a maneira como nossos dias estão passando, se não estão apenas se arrastando. E isso a gente percebe nos detalhes.
Temos vários tipos de relacionamentos na vida, no trabalho, na família, no amor. Esses relacionamentos podem ser de grande ajuda em nosso equilíbrio, quando a vida desanda, não dá certo. Ter alguém para nos dar as mãos nesses momentos será providencial, para voltarmos mais rápidos ao eixo emocional devido. Daí precisarmos perceber a forma como esses relacionamentos se equalizam, nos momentos de calmaria, para que possam nos resgatar nas tempestades.
É o amor que nos salva, sempre será. E é por amor a nós mesmos que devemos prestar atenção nos detalhes dos nossos relacionamentos. É neles que está a nossa estada ou a nossa saída. Detalhes. A cada refeição que minha mãe preparava, toda vez que ela colocava a mesa do café da tarde, era como se ela dissesse “eu te amo”. O amor se revela nas atitudes, nas sutilezas. Detalhes. O amor não é procura, é certeza. A gente sabe quando é amado. Porque, então, dúvidas não há, incertezas não existem. E é quando a gente fica.
Imagem: Charly Pn
As pessoas nos tratam de acordo com o que elas são.